segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Fim de Semana no Rio de Janeiro

Por mais que eu deteste andar por aí turistando, não teve experiência melhor do que meus últimos dias no Rio de Janeiro. É legal andar por uma cidade quando você começa a aprender como ela funciona. Estive lá em fevereiro, e o "percurso" que fiz nesses últimos dias por lá não foram nada diferentes. Claro que acabei andando mais do que deveria, mas tudo isso tinha um grande propósito e cada detalhe da minha viagem foi cuidadosamente acertado pelo meu destino. E quem diria que eu teria tanta sorte? Terceira vez na cidade maravilhosa sem prestigiar violências marginais. HA-HA-HA! Os cariocas são diferentes do povo daqui, sim. Antes que você pense por aí que o Brasil é todo igual. Cariocas são abusados, cariocas são rápidos no trânsito, e apressados como pedestres, também. Cariocas são gentis e cariocas são grosseiros, também. Cariocas falam engraçado. Já eu, acho que falo estranho e venho puxando sotaque baiano desde a última vez que fui a Porto Seguro, mas não reclamo, assim, fica em mim um vestígio de minhas raízes, uma vez que nunca tive problema nenhum em assumir de onde eu vim.

O Rio é tão mais fácil e tão mais complicado do que aqui. É uma cidade muito grande, mas com muito mais opções, muito mais lojas, muito mais diversões, muito mais produtos, muito mais pessoas e muito mais tudo. Lá se tem enormes livrarias e lojas de CD's, como a FNAC, ou a Siciliano. Aqui, a Siciliano não tem cds há muito tempo, e na verdade não se tem uma loja decente direito. A nossa maior loja se chama "internet", e é esperando semanas que se consegue um tão esperado cd. Eu, particularmente, acho horrível comprar pela internet e ter que esperar tanto tempo.

Refletindo também na parte divertida da coisa, descobri que meu Estado também não tem a tão desejada estrutura de abrigar grandes shows.

No Rio, o Vivo Rio e o Citibank Hall têm estruturas semelhantes, entre outras casas conhecidas e muito bem freqüentadas, enquanto aqui você tem 60% de shows num Ginásio de um colégio ancestral, outra boa parte num Clube enorme e bagunçado, entre outros pequenos clubes de difícil acesso. O que falta, então, pra essa estrutura surgir aqui o Estado começar a ser alguém na vida?

Outra coisa que descobri dos cariocas, é esse estranho "complexo de tatu". Essas casas de show são na maioria, subterrâneas. Há passagens subterrâneas nas ruas ao invés de passarelas, há andares de shopping também no subsolo. Entre outras coisas. É medonho, se você for pensar.

Agora a bola da vez será ir a São Paulo e estudar o seu cotidiano. A qualidade de vida no Rio custa demais, pelo que eu achei, a quantidade de ônibus lá é ENORME, enquanto aqui em minha cidade tem 2 tipos de ônibus, na Capital tem mais um e não sei enquanto ao resto, lá no Rio tem incontáveis tipos, de incontáveis preços, sendo que o padrão deles é R$ 2,10 ; enquanto aqui é R$ 1,90. São Paulo parece ser bem pior, então, o que será que leva tantas pessoas lá? Até eu sonharia em morar lá um dia, mas é uma cidade tão grande, que não importa almejar shows e eventos que só se ache lá, se for de tão complicado acesso. Eu acho que gosto da minha vida fácil aqui, prefiro pegar um ônibus pro bairro vizinho e ver o Latino na semana que vem.

Mas, porém, todavia, entretanto, contudo, morar no Espírito Santo não me impede de pagar um pouquinho a mais num ônibus para ir ali ao Rio ver o Jay Vaquer. Sim, afinal dinheiro existe pra se gastar e oportunidades servem pra se aproveitar. Juntando a fome com a vontade de comer, eu e minha mãe arrumamos um jeito de ir à Cidade Maravilhosa apreciar a Gravação do DVD do Jay, uma pessoa tão querida pela gente, que era impossível deixar esse show pra mais tarde. Ele estava me devendo essa viagem há tanto tempo, que não teve chance melhor pra finalmente conhecer essa grande pessoa que é o Jay, e devo dizer que foi a melhor noite da minha vida, ao lado dele, e poder dizer ao próprio como fiquei grata por tudo que aconteceu, então. Sem deixar que detalhes de segundo plano estragassem minha noite, porque eu não tava ali pra guardar desaforo de ninguém, ora bolas, pelo contrário, estava lá pra aproveitar todos os momentos, e eu fiz a minha parte. Sem maiores comentários sobre isso. Pode agradecer, yeayeah.

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